Efeitos emocionais de acidentes de trânsito em motoristas etilistas: uma revisão da literatura
AUTORES: GILBERTO MARTINS BORGES FILHO; LEDNA BETCHER; JOÃO PEDRO MARTINS
ANTÔNIO PAULO HOLLANDA CALVALVANTE
Introdução
A partir de Trabalho do Professor Dr. Francisco Assumpção Junior, ao que se Refere à História da Psiquiatria onde se verificou a possibilidade (possibilidade de quê?) sendo proposta complementação de pesquisa intulada “Analise Evolutiva do Sistema Cerebral do Medo: abordagem histórica sob o prisma das concepções teóricas de Cérebro Emocional considerando os avanços atuais estabelecidos das Neurociências”.
Segundo Skinner, o comportamento emocional, que ocorre sob a pele “A Fisiologia e, particularmente em relação ao comportamento, a Neurologia, realizaram de fato grandes progressos. As propriedades
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elétricas e químicas de muitas atividades neurais são agora diretamente observadas e medidas. O sistema nervoso é, contudo, muito menos acccssível do que o comportamento e o meio, e a diferença cobrc seu preço. Conhecemos alguns dos processos que afetam amplas áreas do comportamento — sensório, motor, motivacional e emocional — mas ainda estamos longe de saber com precisão o que está ocorrendo quando, por exemplo, uma criança aprende a beber de uma xícara, a chamar um objeto pelo nome ou a encontrar o lugar certo de uma peça num quebra-cabeças de armar, assim como estamos longe de realizar alterações no sistema nervoso, em conseqüência das quais uma criança venha a fazer tais coisas. É possível que nunca cheguemos a observar diretamente o que está ocorrendo no sistema nervoso no momento em que a resposta ocorre, porque algo parecido com o princípio de Heisenberg poderia aplicar-se no caso: qualquer meio empregado para observar a mediação neural do comportamento pode perturbar este.
O Comportamento de beber e dirigir, dentro das classificações internacionais, no DSM5 insere-se na questão do “uso de substancias” que houve mudança em relação ao DSM4.
“Reestruturação dos transtornos por uso de substâncias para obtenção de consistência e clareza. As categorias de abuso de substância e dependência de substância foram eliminadas e substituídas por uma nova categoria mais abrangente de transtornos por uso de substâncias – em que a substância específica usada define o transtorno específico. “Dependência” é facilmente confundida com o termo “adição”, mas a tolerância e a abstinência que anteriormente definiam dependência são, na verdade, respostas bastante normais à medicamentos prescritos que afetam o sistema nervoso central e não indicam necessariamente a presença de uma adição. Com a revisão e o esclarecimento desses critérios no DSM-5, esp”
“Com base nos achados publicados a partir dessa análise comum entre o DSM-5 e a CID-11, demonstrou-se que o agrupamento de transtornos conforme o que se convencionou chamar de fatores internalizantes e externalizantes representa uma estrutura com respaldo empírico. Inseridos tanto no grupo internalizante (que representa transtornos com sintomas proeminentemente de ansiedade, depressivos e somáticos) como no grupo externalizante (que representa transtornos com sintomas proeminentemente impulsivos, da conduta disruptiva e por uso de substâncias), o compartilhamento de fatores de risco genéticos e ambientais, conforme demonstrado por estudos com gêmeos, provavelmente explica grande parte das comorbidades sistemáticas observadas em amostras clínicas e na comunidade. A disposição contígua de “transtornos internalizantes”, caracterizados por humor depressivo, ansiedade e sintomas fisiológicos e cognitivos relacionados, deve ajudar no desenvolvimento de novas abordagens diagnósticas, incluindo abordagens dimensionais, ao mesmo tempo que facilita a identificação de marcadores biológicos. De forma semelhante, a contiguidade do “grupo externalizante”, incluindo transtornos que exibem comportamento antissocial, perturbações na conduta, adições e transtornos do controle de impulsos, deve estimular avanços na identificação de diagnósticos, marcadores e mecanismos subjacentes.”
Modificadores do curso. Essencialmente todos os transtornos maiores não relacionados ao humor aumentam o risco de um indivíduo desenvolver depressão. Os episódios depressivos maiores que se desenvolvem no contexto de outro transtorno com frequência seguem um curso mais refratário. Uso de substâncias, ansiedade e transtorno da personalidade borderline estão entre os mais comuns, e os sintomas depressivos que se apresentam podem obscurecer e retardar seu reconhecimento. No entanto, a melhora clínica persistente nos sintomas depressivos pode depender do tratamento adequado dos transtornos subjacentes. Condições médicas crônicas ou incapacitantes também aumentam os riscos de episódios depressivos maiores. Doenças prevalentes como diabetes, obesidade mórbida e doença cardiovascular são frequentemente complicadas por episódios depressivos, e esses episódios têm mais probabilidade de se tornarem crônicos do que os episódios depressivos em indivíduos saudáveis.
Os sintomas são apresentados com o propósito de identificação de um ataque de pânico; no entanto, o ataque de pânico não é um transtorno mental e não pode ser codificado. Os ataques de pânico podem ocorrer no contexto de um transtorno de ansiedade, além de outros transtornos mentais (p. ex., transtornos depressivos, transtorno de estresse pós-traumático, transtornos por uso de substâncias) e algumas condições médicas (p. ex., cardíaca, respiratória, vestibular, gastrintestinal). Quando a presença de um ataque de pânico é identificada, ela deve ser anotada como um especificador (p. ex., “transtorno de estresse pós-traumático com ataques de pânico”). Para transtorno de pânico, a presença de ataque de pânico está inclusa nos critérios diagnósticos, e o ataque de pânico não é usado como especificador. Um surto abrupto de medo ou de desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso. 1. Palpitações, coração acelerado ou taquicardia. 2. Sudorese. 3. Tremores ou abalos. 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 5. Sensações de asfixia. 6. Dor ou desconforto torácico. 7. Náusea ou desconforto abdominal. 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 9. Calafrios ou ondas de calor. 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
Especificador de Ataque de Pânico 215
Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo). 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 13. Medo de morrer. Nota: Sintomas específicos da cultura (p. ex., tinido, dor na nuca, gritos ou choro descontrolado) podem ser vistos. Não devem ser contabilizados como um dos quatro sintomas requeridos.
Com relação ao Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e uso de substâncias podes verificar: Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero Em contextos clínicos, o transtorno de ansiedade generalizada é diagnosticado com frequência um pouco maior no sexo feminino do que no masculino (cerca de 55 a 60% dos indivíduos que se apresentam com o transtorno são do sexo feminino). Em estudos epidemiológicos, aproximadamente dois terços são do sexo feminino. Os indivíduos de ambos os sexos que experimentam o transtorno de ansiedade generalizada parecem ter sintomas similares, mas demonstram padrões diferentes de comorbidade compatíveis com as diferenças de gênero na prevalência dos transtornos. No sexo feminino, a comorbidade está em grande parte confinada a transtornos de ansiedade e depressão unipolar, enquanto, no masculino, a comorbidade tem mais probabilidade de também se estender aos transtornos por uso de substâncias.
Em relação ao mesmo Transtorno do Sono-Vigília do Ritmo Circadiano e uso de substâncias, em especial a ingesta de bebidas alcóolicas tem como consequências Funcionais do Tipo Trabalho em Turnos Indivíduos com o tipo trabalho em turnos não apenas apresentam baixo desempenho profissional, mas também, aparentemente, correm o risco de sofrer acidentes quando estiverem dirigindo de volta para casa. Além disso, essas pessoas correm também o risco de má saúde mental (p. ex., transtorno por uso de álcool, transtorno por uso de substâncias, depressão) e de saúde física precária (p. ex., distúrbios gastrintestinais, doença cardiovascular, diabetes, câncer). Pessoas com história de transtorno bipolar são particularmente vulneráveis a episódios de mania relacionados ao transtorno do tipo trabalho em turnos, resultantes de noites passadas em claro. Com frequência, o transtorno do tipo trabalho em turnos poderá criar problemas interpessoais.
Comorbidade O transtorno tipo trabalho em turnos foi associado a aumento do transtorno por uso de álcool, de outros transtornos por uso de substâncias e depressão. Uma grande variedade de distúrbios da saúde física (p. ex., distúrbios gastrintestinais, doença cardiovascular, diabetes, câncer) foi associada à exposição prolongada a trabalhos em regime de turnos.
Objetivo Geral: levantar na literatura existente o maior número de informações acerca das sequelas emocionais dos acidentes de trânsito, em especial aqueles que foram diagnosticados como TEPT, mediante estudos realizados não somente, mas principalmente, nacionais, bem como fora do Brasil, considerando o pouco interesse despertado pelo tema e também as possíveis subnotificações.
Objetivos Específicos:
- Verificar os efeitos emocionais de acidentes de trânsito em motoristas etilistas
Metodologia: serão utilizados bases de dados da BVS, Bireme, Scielo, Lilacs, Pubmed e também em serviços de saúde, em outras instituições que lidam com acidentes de trânsito como Polícia Rodoviária Federal, Polícias Militar, Civil, Serviços de Verificação de Óbitos, IML, e outros. Neste sentido, foi feito uma revisitação da literatura ora na temática específica relativa ao comportamento de beber e dirigir e verificando quilo que a literatura denomina de Transtornos Emocionais supra mencionados.
Os Resultados Esperados: como o Brasil se encontra em posição desfavorável em relação ao número de acidentes de trânsito, sendo um dos campeões mundiais, ou seja, encontra-se no topo do ranking mundial e pouco mudou sua posição ao longo dessas últimas décadas, espera-se quadros bem mais graves, na dependência das notificações e registros.
Considerações finais: Os efeitos emocionais dos acidentes de trânsito podem gerar uma infinidade de emoções, que os sobreviventes e suas famílias podem vivenciar, dentre elas o medo, fobias gerais e específicas dos acidentes de trânsito, “flashbacks”, pesadelos, irritabilidade e raiva explosiva.
10. Referências bibliográficas.
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THE END
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